Você já sentiu aquele misto de alegria e preocupação ao perceber que seu negócio está indo bem demais? Eu já passei por isso. Há alguns anos, quando comecei como Microempreendedor Individual vendendo bolos caseiros, minha meta era só pagar as contas. Mas aí as encomendas dispararam, e eu me vi batendo no teto de R$ 81 mil por ano – o limite do MEI. De repente, o que era um sonho virou uma dúvida: “E agora? Vou perder tudo que conquistei?” Se você está vivendo isso em 2025, sei como é o frio na barriga de ser MEI desenquadrado. Vamos conversar sobre o que acontece quando seu faturamento ultrapassa esse valor e como transformar esse desafio em um novo começo para o seu negócio.
MEI Desenquadrado: O que Significa Passar do Limite?
Mei desenquadrado é o termo que usamos quando você, como Microempreendedor Individual, fatura mais do que o permitido – em 2025, esse limite ainda é R$ 81 mil por ano, ou cerca de R$ 6.750 por mês, já que o aumento para R$ 130 mil ainda não foi aprovado. Isso pode acontecer porque suas vendas cresceram, você contratou mais de um funcionário ou mudou para uma atividade que não cabe no MEI. Quando isso rola, você sai do Simples Nacional como MEI e precisa migrar para outro tipo de empresa, geralmente uma Microempresa (ME).
Por Que Isso Acontece com Tantos MEIs em 2025?
O número de MEIs no Brasil chegou a 16,2 milhões em janeiro, segundo o Sebrae, e muitos estão crescendo rápido. Só que esse sucesso tem um preço. Aqui estão alguns motivos comuns para o desenquadramento:
- Vendas em alta: Se você vende online no Mercado Livre ou faz entregas, pode ter faturado mais sem nem perceber.
- Contratação extra: O MEI só permite um funcionário ganhando até um salário mínimo (R$ 1.518 em 2025). Mais que isso, e você já não se encaixa.
- Atividade fora da lista: Algumas profissões, como dedetizador, foram tiradas do MEI em 2024, forçando a mudança.
Eu mesmo já vi amigos que começaram com uma lojinha no bairro e, de repente, estavam faturando R$ 10 mil por mês. É uma conquista, mas também um sinal de que o MEI não comporta mais o tamanho do negócio.
O que Acontece Quando Você Passa de R$ 81 Mil?
Se o seu faturamento ultrapassa o limite, algumas coisas mudam na hora. Vamos imaginar que você fez R$ 90 mil em 2025. Aqui está o que rola:
- Até 20% a mais (R$ 97.200): Se você ficar nesse intervalo (até R$ 16.200 acima do teto), pode continuar como MEI até o fim do ano. Mas, em janeiro de 2026, precisa virar Microempresa (ME) e pagar impostos extras retroativos sobre o excedente – cerca de 4% a 6%, dependendo do seu ramo.
- Mais de 20% (acima de R$ 97.200): Se passar muito do limite, como R$ 120 mil, o desenquadramento é imediato. Você vira ME no mês seguinte ao que excedeu e já começa a pagar mais impostos, além de ajustar tudo na Receita.
Isso assusta, né? Mas não é o fim do mundo. Você só precisa agir rápido para não levar multas ou perder benefícios como o INSS.
MEI Desenquadrado: Os Primeiros Passos para Resolver
Agora que você sabe o que acontece, vamos falar do que fazer. Fui MEI desenquadrado uma vez, e o susto passou quando entendi o processo. Aqui está o caminho básico:
- Confirme o faturamento: Olhe suas notas fiscais ou extratos bancários para ver exatamente quanto você faturou em 2025.
- para mais informações em https://www.gov.br/empresas-e-negocios/pt-br/empreendedor
- Comunique a Receita: Você tem até o último dia do mês seguinte ao que passou do limite para avisar oficialmente, ou até 31 de janeiro de 2026, se for até 20% a mais.
- Pague o imposto extra: Gere um DAS especial para o valor que passou de R$ 81 mil. Por exemplo, se foram R$ 90 mil, você paga uns R$ 360 a mais (4% de R$ 9.000).
Depois disso, você começa a se preparar para virar Microempresa. Não é tão complicado quanto parece, e eu te explico já já como fazer essa transição.
Vale a Pena Continuar como MEI ou Migrar Logo?
Essa é a dúvida que mais ouço de amigos MEIs. Vamos pesar os dois lados:
- Ficar como MEI até o fim do ano: Se você passou um pouco do limite (até R$ 97.200), pode aproveitar 2025 inteiro com o DAS baixo e os benefícios do INSS. Mas planeje a mudança para 2026.
- Migrar agora para ME: Se você já está faturando bem mais (R$ 120 mil, por exemplo), virar ME agora evita impostos retroativos altos e te dá liberdade para crescer sem freio.
Como Fazer a Transição sem Se Perder
Se você decidiu virar Microempresa, aqui vão algumas dicas para não se enrolar:
- Contrate um contador: Ele vai gerar o novo CNPJ, ajustar seu cadastro na Receita e cuidar dos impostos. Vale cada real investido.
- Atualize tudo: Informe clientes, fornecedores e plataformas como Mercado Livre que você agora é ME. Isso muda a emissão de notas fiscais.
- Planeje os custos: Com impostos maiores, separe uma parte do lucro (uns 10%) para pagar o Simples Nacional e o contador.
- Aproveite o crescimento: Use o espaço para contratar mais gente ou investir no negócio – foi o que me ajudou a dobrar as vendas depois.
Quando migrei, contratei um contador por R$ 150 por mês, e ele resolveu tudo em uma semana. Foi um alívio saber que estava tudo certo.
Conclusão: Um Novo Capítulo para Seu Negócio
Chegamos ao fim dessa conversa, e eu espero que você esteja vendo o MEI desenquadrado como uma oportunidade, não um problema. Passar de R$ 81 mil mostra que seu negócio está forte – e isso é algo para se orgulhar. Seja ficando no MEI até o fim do ano ou virando Microempresa agora, o importante é entender suas opções e agir com calma.
Sobre a Autor
Gustavo Henrique – Redator e Entusiasta de Finanças
Gustavo Henrique é uma redator que adora transformar o complicado mundo das finanças em algo simples e prático. Com anos escrevendo sobre dinheiro e crédito, ele aprendeu a enxergar o que realmente importa para quem quer organizar o bolso. No blog, Gustavo traz dicas direto ao ponto, inspiradas em histórias do dia a dia e no que vê por aí.
Gustavo Henrique é um redator que Ama transformar o complicado mundo das finanças em algo simples e prático. Com anos escrevendo sobre dinheiro e crédito, ele aprendeu a enxergar o que realmente importa para quem quer organizar o bolso.
